Poesia "Dê-me amor ou morte" + Análise
- Ana Paula Viana
- 25 de jul. de 2016
- 1 min de leitura
Dê-me amor ou morte
Lembra-te do amor de outrora?
Assim como o sossego que me tirastes
Volte aos meus braços
Amavas-me
Amavas de coração,
Seria falso esse amor?
Fui eu ludibriado?
Como fico eu agora ó vida?,
Vejo-me sem ar, sinto-me
Desanimado e insípido
Minha vida és tu
Não vivo eu sem ti
Não penso em nada mais
Senão morrer
Anseio pela morte, crua e gélida
Agora te vejo em outros braços
Não posso te ter
Ó querida, me dê teu amor
Não vejo saídas
Apenas a morte para essa dor.
Ao ler essa poesia, você deve estar se perguntado o que a autora quer transmitir ao escrever a mesma... Em quê a autora se inspirou? Qual a relação com o assunto proposto neste blog? Portanto, em seguida a própria autora de “Dê-me amor ou morte” disponibilizou esta análise: “O sentido do amor no Ultrarromantismo está claramente exposto na poesia, já que nessa escola literária notamos a subjetividade, muito distante das obras clássicas e equilibradas, tendo como um dos seus objetivos valorizar o sentimentalismo do indivíduo, expondo toda a sensibilidade do eu lírico deixando-o vulnerável. Nota-se também que o amor impossível está presente na escrita acima, pois não há o amor concreto, visto que ela está compromissada com outro alguém. O sofrimento do eu lírico ao ver sua amada em outros braços transcende a vida e o dá à ele gosto pela morte, como se ela fosse seu único escape, já que na vida ele não a tem.”
As fugas presentes na poesia são:
1) Fuga na morte : o eu lírico acredita que a morte seria um escape para sua angustia e fardo;
2) Fuga no tempo: o eu lírico retorna ao passado, onde lembra como viveu com sua amante.
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